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Sinestesia


Foi como se ela tivesse voltado no tempo, no tempo em que tudo era bom. Sentiu a nostalgia invadir aquele cômodo velho e abandonado que cheirava a saudade e uma melodia azul tomou conta do lugar. Bonecas, quadros, pinturas, papéis de cartas com o cheiro aspero de romance. E o filme da sua juventude, já esquecido passou novamente diante de seus olhos amargurados pelo tempo. E em cima da prateleira, uma fotografia, em sépia e manchada pelo beijo do tempo. E no rosto um sorriso já amarelado, e o sabor da lágrima era doce, de saudade. Na fotografia estava o amor, sereno e macio como uma seda, sorrindo carinhosamente para sua meiga senhorita, que já não era mais jovem. O afago do destino fora cruel, a morte levou seu amor como o vento leva consigo uma folha seca e lhe deixou de presente a tristeza, com um abraço cruel e confortador.

22 comentários:

Luiz Fernando disse...

Inevitavel é a morte! Porém além dela só existe o amor. o amor que fica pra sempre em um coração. talvez no fim de tudo não haja lembranças. mas haverá algo muito maior que nunca será apagado o AMOR!

- Obrigado! Seja sempre bem vinda ao voltar no blog. Abraços ;)

Blog do Rasta disse...

passo por aqui diariamente ansioso, esperando os novos textos!
:D

Anônimo disse...

Eu concordo com o Louis (Xaráh)
O que pode acabar pode ser o sentido não mais vivo, mas as lembranças nunca morrerá dentro de si, por quanto tempo for.

Obrigado pela visita,Beijao!

Por Mariani Lindorfer disse...

Que lindo *-*
Gostei do teu blog, estou te seguindo ^^

boa segunda, beeijos

Desirée disse...

xoreeeeeeeei!

ame o texto, me imaginei no lugar da perssonagem!
uhahuahuahua

Wellington Machado disse...

Eu me ausentei por um tempinho, mas voltei com força total. GRAÇAS AOS CÉUS QUE OS BLOGS QUE EU GOSTO CONTINUAM CHEIOS DE CONTEÚDO BOM!!!

Nayla, o post está está perfeito! Eu adoro essa transmissão de sentimento/energia que os teus textos passam.

Bjos

Fran Carneiro disse...

Ah, que lindo!
É inevitável a morte e inevitável sentir essa dor :/


Ná, saudade de ti tb! *-*
Logo apareço no MSN e nos encontramos, juro! hihi

Natália disse...

Lindo. Lindo. Lindo.
Adorei esse teu texto, e faço das palavras do louis, as minhas palavras.
Abraço

Daninha disse...

Que texto lindo *-*
Gostei, tu escreves bem :D
Beijos

Ferdi disse...

Que belo e triste.. parece até a vida.

(Volte sim, fico feliz com opiniões :)

Jota disse...

Só não entendi porq vc chama o amor de áspero. O texto ficou perfeito.

Estou te seguindo, bejs

A Magia da Noite disse...

a ausência e o tempo deixam marcas na alma.

lua b. disse...

valeu pela visita ;D

volte sempre (:

*curti seus textos *--*

;*

Eu, Thiago Assis disse...

acho tão bonitas essas fotos do tipo que vc citou... =]

Daniela Filipini disse...

O que é pior do que sabermos que não teremos a pessoa que amamos ao nosso lado até o fim de nossos dias?

Tiago Moralles disse...

Nostalgicamente belo.

Átila Goyaz disse...

A morte é sempre uma divisora de águas... reconstruir a vida é o mais belo e difícil.

bjux

Hugo de Oliveira disse...

É a primeira vez que passo por aqui e confesso que gostei muito do seu blog. Os textos e a relação com as fotos são perfeitos....

Voltarei outras vezes....vou te linkar lá.


abraços


Hugo

Maria Midlej disse...

Nossa...

Tatiane Trajano disse...

E a morte é a única certeza que temos da vida.

Charles Bravowood disse...

"Na fotografia estava o amor, sereno e macio como uma seda"

Eu estou na prateleira, esperando que alguém redescubra o meu, agora tenho medo de ousar a amar de novo!
Lindo seu texto menina! O seu comentário no Paranóico me fez pensar, obrigado.

beijo,

Charlie B.

regina zanette disse...

Não esperava por esse final, esperava uma dúvida, não uma certeza. Me surpreendeu a ponto de re-ler o texto. Obrigada